Tipos de Uva na Asia.................................
Cada uma das mais de 60 mil variedades conhecidas possui características únicas de cor, sabor, aroma e tamanho. Tudo indica que os primeiros ancestrais das atuais videiras tenham surgido há milhões de anos na Groenlândia. De lá, elas chegaram à América, Ásia e Europa, onde surgiram os dois principais grupos da fruta. O primeiro reúne os tipos da espécie Vitis vinifera, que apareceu primeiro no continente asiático, mas depois se espalhou pela Europa. "São as variedades de maior qualidade, geralmente usadas para a fabricação de vinhos nobres. Alguns exemplos são as famosas uvas francesas merlot, cabernet e chardonnay. Apenas 20% dos tipos pertencem a esse grupo", diz o engenheiro agrônomo Fernando Picarelli Martins, consultor da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Campinas (SP). O segundo grupo engloba as videiras americanas, principalmente da espécie Vitis labrusca.
Consideradas menos requintadas, variedades como a uva niagara servem apenas para vinhos baratos, mas são muito populares na alimentação ou no preparo de geléias e sucos, além de possuírem maior resistência às variações de clima e doenças. No Brasil, as primeiras uvas chegaram com a expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1532, mas o cultivo só cresceu no século 19, com a imigração italiana para os estados da região Sul, que hoje concentram 90% da área cultivada com a fruta no país. Por aqui, o sucesso da uva vem acompanhado de um costume: antes de apreciar o sabor, muita gente costuma desprezar a casca da fruta. Mas os especialistas garantem que comer essa embalagem natural não faz mal. "Não há registro de contaminação por agrotóxicos, porque o produtor respeita um período pré-determinado entre a aplicação do produto e a venda. De qualquer forma, é só lavar bem a uva antes de comer", diz Fernando.
Com essa simples precaução, vale a pena aproveitar os benefícios nutritivos da casca. "Estudos recentes indicam que ela ajuda na proteção imunológica e reduz a formação de radicais livres, moléculas que podem estar ligadas ao aparecimento de câncer no corpo", afirma a nutricionista Anita Sachs, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Fonte: Fernando Picarelli Martins, consultor da Embrapa Transferência de Tecnologia - EscritÓrio de Negócios de Campinas, SP, e bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Dados da produção brasileira: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE), 1999
POOR: Kellen Costa
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